quinta-feira, 3 de março de 2011

De Partida

   Nunca me imaginei morando em Sampa. Mesmo agora às vésperas da partida ainda não imagino. Eu, menino criadão com a vó, soltava pipa no ventilador. Na cidade grande?! Uau. Confesso que sinto medo, bastante medo. Mas quem não tem medo de mudanças? Não me refiro única e exclusivamente a mudar de casa. Me refiro, sim, a qualquer mudança. Mudar de escola, de opinião, de carro, de emprego. Dá medo né ?! Minha mãe há alguns dias, perguntou se eu estava pronto. Eu disse “Mãe, a gente nunca sabe se ta pronto até tentar. A gente nunca sabe se consegue nadar até mergulhar.” E é nisso que vou me basear até o fim.

   Vou morar com dois amigos, e uma menina que eu praticamente não conheço. Seremos eu, Lu, San e a Katherine, Kathryn, CATARINA (ou sei lá como se escreve o nome dela. Ela é canadense). Acredito que a experiência vai ser incrível. Vai ser tipo uma república de músicos. Sempre foi um dos meus sonhos. Morar com amigos músicos, respirar música e fazer música a todo momento.
    Lavar a própria roupa, fazer comida, limpar a casa, lavar louça, passar roupa, lavar banheiro: tudo isso me assusta. Finalmente acho que vou descobrir como é que se dobra uma camiseta. Sempre fui disléxico pra aprender a trabalhar. Preguiçoso, eu acho. Isso porque sempre tive a quem recorrer quando a “água batia na bunda”. Agora, já estou muito grande pra usar essa bóia, hora de aprender a nadar. Penso que vou ter que trabalhar duro enquanto estiver morando em São Paulo. Possivelmente em dois empregos. Tipo o Julius. Sabe? O pai do Chris?! Mas não faço planos. Nunca fui bom com planos. Se a gente escreve um roteiro, se prende a ele. Acaba fechando as portas para outras idéias que podem gerar novas oportunidades. Sempre preferi o improviso. Tanto na vida, quanto na música (não são sinônimos? Sempre foram, pra mim)

   Contei a poucos amigos a respeito da minha decisão. Mesmo entre os mais próximos alguns ainda não sabem. Não sei como falar. Venho aproveitando ao máximo os momentos ao lado das pessoas que amo (mesmo que às vezes eu pareça distante, o que tem acontecido com freqüência ultimamente). Sabe quando aquele doce ta chegando no fim, e a gente pensa assim “tá uma delícia, vou aproveitar bem esse finalzinho”. É justamente isso.

   Não sei o que o futuro guarda pra mim. Não sou eu o autor desse livro, sou só um personagem. Mas, se são novas barreiras a serem superadas e novas experiências a serem adquiridas que ele me reserva, aqui vou eu.

4 comentários:

  1. cresci junto com voce mano, e seu do seu potencial, tenho ctz q vai dar tdo certo, e vc merece o melhor, estarei aqui torcendo por voce, mandando pensamentos positivos. vai com fé mano, é nóis sempre

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  2. E olha o menino indo viver um sonho que eu gostaria de realizar. E só fiquei sabendo porque você me "sacaneou" (não vi como) no twitter.

    Me arrepiou o texto, me arrepiou saber que você está indo, estou feliz por você (e com uma puta inveja, claro, porque também queria).

    Quem sabe meu CD virgem não vai voltar gravado em uma das próximas visitas a Nova Odessa.

    Espero estar lá um dia e que a gente possa se encontrar em uma esquina, que não é a da Ipiranga com a São João, mas da Teodoro Sampaio com a Benedito Calixto.

    E agora, qual dos novos amigos você vai pedir para buscar água gelada na cozinha?

    Boa sorte! Estou orgulhosa!

    Beijos!

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  3. Ownxii.. Boa Sorteeee...
    Adorei o texto, e sei como eh passar pro isso rs.. o meu tempo esta quase acabndo, mais passei pro cada duvida dessa.
    Mas preciso dzer comtodas as letras, que apesar da saudade, dor e desespero demuitas noites VALE A PENA cada segundo..

    Aproveite muitoooo.... ;*

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  4. Saiu sem dizer tchau, mas te conheço e prefiro assim.
    Para dizer tchau: http://conhecepatos.blogspot.com/2011/03/boa-sorte-pedro-torena.html

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